Cloud computing, mobilidade, “negócio social” e “Big data”. Elas vão mudar o mercado nos próximos anos.
João Nóbrega, Computerworld/PT
Uma terceira plataforma de computação, ligada a maioria dos sistemas de informação, começa a emergir, de acordo com o vice-presidente para consultoria da IDC, Vito Mabrucco. Depois das duas primeiras _ alimentadas pela emergência dos mainframes, e depois pelos PC _ a nova plataforma é marcada por milhões de aplicações e serviços. Materializa-se na agregação inovadora (os chamados‘mashu-ups’) de serviços de cloud, e aplicações de mobilidade, geralmente instaladas em dispositivos pessoais dos usuários.
Assim, na visão de Mabrucco, haverá quatro forças de transformação do setor de TIC, nos próximos anos: cloud computing, mobilidade, “negócio social” e “Big Data”. No universo da cloud computing distinguem-se três grupos de serviços, conforme as características de privacidade e qualidade: os serviços de cloud para consumidores finais prescindem de privacidade; em um nível intermédio já há maior confiança no serviço do fornecedor (como é o caso do Skype); e em um âmbito de maior exigência, estão as clouds empresariais, com utilização determinada pela qualidade de serviços, acordos de nível de serviço (Service Level Agreements) e pela segurança.
O universo digital, englobando todo o conteúdo digitalizado, atingirá este ano a marca de 1,2 zetabytes, segundo Vito Mabrucco. A maior parte – 58,2% – é composta por conteúdos de mídia, enquanto outros 31,7% têm origem em câmaras fotográficas, e mais 10,1% são produzidos na captação de voz. Só 6,2% são conteúdos são provenientes dos escritórios. Este universo cria o fenômeno de “Big Data”, ligado à necessidade que as empresas têm de analisar todos estes dados.
O fenômeno caracteriza-se também pela enorme velocidade com que estão sendo criados, replicados e transferidos os conteúdos. E também por isso, levando ao aparecimento de novas tecnologias e arquiteturas concebidas para “extrair valor econômico e de negócio” dessa avalanche de dados – marcada pela “variedade”, “velocidade de crescimento” e “ capacidade de disseminação”.
Apesar de toda a evolução das operações de e-business, Vito Mabrucco lembra que a essência do negócio não mudou. No fim, o objetivo das empresas redunda na satisfacção de necessidades identificadas nos diferentes universos de consumidores. “O ‘negócio social’ (ndr:ou ‘social busines’) introduz apenas uma nova forma de descobrir as necessidades”, explica o consultor da IDC. Nesse processo, não deixa de ser importante “fazer as perguntas certas”, para atingir os objetivos.
O ‘negócio social’ traz também vários desafios de segurança, integração, gestão de expectativas dos empregados, e de governança.
Por fim, Mabrucco refere à tendência da mobilidade, “iniciada há mais de dez anos”, como corrente que “ganha cada vez mais força”. Uma importante evolução marcará este aspecto com o surgimento da chamada “Internet da coisas”: o incremento da interatividade entre conjuntos de sensores disseminados e plataformas baseados na Internet, como o Twitter, será cada vez mais popular.
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