Pular para o conteúdo principal

Afetividade gera Efetividade

Afetividade e modelos de gestão

Nenhum dirigente empresarial, por mais genial que possa ser, terá um empreendimento de sucesso se não possuir uma equipe atuando junto. Ao falar de equipe, estamos falando da dinâmica afetivo-emocional subjacente a toda e a qualquer ação do processo humano. Assim, um dos maiores paradoxos dos modelos de gestão é acreditar que possa existir projeto organizacional e sucesso empresarial sem mobilizar a emoção das pessoas. Se isso fosse possível, os computadores seriam fantásticos dirigentes corporativos.
Afetividade e trabalhos em equipes - Repito que uma das coisas mais insanas e que me chamam a atenção é a ausência da teoria da afetividade como fator crítico do sucesso organizacional. Embora o tema não seja trabalhado nos estudos de modelos de gestão, podemos perceber a importância das relações afetivas positivas nas empresas.
Defendo a importância do papel das emoções, da sensibilidade e da afetividade no trabalho das equipes. Gestores vitoriosos sabem sensibilizar e desenvolver equipes com habilidades voltadas para o encantamento, envolvimento e fidelização dos clientes. Ao longo da minha experiência pessoal pude constatar que esses aspectos são fatores constituintes do sucesso das equipes consagradas e de indiscutível aceitação social e empresarial.
Embora possa parecer ingenuidade, acredito, firmemente, que é impossível existir organização produtiva que não faça a integração de emoções, sensibilidades e percepções diferentes. Por isso, para se ter produtividade numa economia de mercado, a competência interpessoal é tão importante quanto a tecnológica. O dirigente tem de conhecer ou ter a sensibilidade para compreender a dinâmica do ser humano tanto quanto tem para conhecer os aspectos tecnológicos.
Um grande teórico francês chamado Max Pajés escreveu, na década de 1960, um interessante livro "A Vida Afetiva dos Grupos". Nesse trabalho, Pajés defende que é impossível que as pessoas se relacionem socialmente sem estabelecer uma relação afetiva positiva ou negativa entre os membros dos grupos sociais.
Na realidade, é impossível se relacionar com as pessoas sem se estabelecer uma relação de simpatia ou de antipatia. Nós, humanos, somos necessariamente seres de relações existenciais. Fora dessas, somos apenas seres metafísicos, idealizados pelos tradicionais intelectuais cartesianos.
Simpatia e antipatia - Aprendi na prática que quanto mais positiva as relações de simpatia, ou afetivamente positivas, entre as pessoas nas organizações, maiores os resultados obtidos pelo grupo. O contrário também é válido: quando as pessoas sentem antipatia e têm dificuldades de trabalhar juntas, dificilmente conseguem resultados que não sejam medíocres.
Em ambientes empresariais tensos, competitivos ou conflitivos, nos quais a pessoa vive em defesa, o resultado deixa a desejar. Em algumas empresas públicas é possível perceber essas observações. Constato que, apesar da importância desses temas como fatores críticos para o sucesso organizacional, eles são paradoxalmente pouco valorizados pela maioria dos gestores organizacionais.
Por serem assuntos aos quais tenho me dedicado ao longo desses 40 anos, sinto à vontade para fazer esse relato. Dirigi vários de grupos, em diversas de empresas e pude, juntamente com seus dirigentes, constatar a importância dos mesmos no aumento da produtividade e da qualidade de vida desses executivos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dia 19/04 - Palestra com o estrategista em Liderança TONY MARQUES

O Professor TONY MARQUES irá falar na turma de MODELO DE LIDERANÇA - sala 31 sobre a importância do trabalho de liderança utilizando o   Paintball    como ferramenta de aprendizagem  e o que isso influencia na vida pessoal e profissional do ser humano.  -  P rof Esp em Direito Penal e Criminologia     - Esp Linguagem Corporal     - Gestor Segurança Pública e Privada     - Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra     - Conselho Regional de Educação Fisica     - Militar R.R Aer       - Escritor ,      - Artista Marcial

Formatura dos Alunos da FANEC - 1º turma de Gestão de RH.

  Parte do discurso: “Não é a toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o meu! E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho. Eu que tinha querido. O Caminho, com letra maiúscula, hoje me agarro ferozmente a procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvores, o atalho onde eu seja finalmente eu, isso eu não encontrei. Mas sei de uma coisa: o meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salvo e pensarei: eis o meu ponto de chegada.” (Clarice Lispector)
Trabalho duro = Sucesso Grande parte do potencial do ser humano se manifesta quando se trabalha por vocação. Entretanto, ainda existe certo preconceito com o trabalho, como se fosse algo que servisse apenas para suprir as nossas necessidades. Ver o trabalho como um mal necessário não só bloqueia o nosso potencial, como diminui o prazer de viver do ser humano. Passamos a maior parte do tempo trabalhando. O indivíduo não vocacionado sofre muitas frustrações durante esse período e a grande quantidade de crises vivenciadas invadem as demais áreas da vida dele. Os problemas de trabalho influenciam substancialmente o comportamento familiar e social. O ofício que deveria iluminar as diversas esferas da vida passa a poluí-las, nesse caso. Não me surpreende a busca de outros caminhos de satisfação do ser humano, como a busca de prazer obsessivo nas drogas, no culto ao corpo e ao sexo, no álcool e no consumismo. Educar é muito mais do que informar. Este é outro grande problema vocacion